Olá viajante!
Nosso passeio de hoje é pela Reserva Natural do Paul do Boquilobo, classificada pela UNESCO como Reserva da Biosfera desde 1981 e foi a primeira área portuguesa a integrar esta Rede Mundial, sendo reconhecida como uma amostra representativa de um ecossistema terrestre onde se procuram formas de conciliar a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável.
Em 1996, foi também considerada uma Zona Húmida de Importância Internacional ao abrigo da Convenção de Ramsar. Desde 1999, devido à sua importância para a avifauna, está também classificada como uma Zona de Proteção Especial.
Situada na confluência dos rios Tejo e Almonda, esta reserva natural compreende uma área de cerca de 529 hectares numa zona caracterizada principalmente por maciços de salgueiros e freixos. Parte desta reserva tem a peculiaridade de estar localizada na Quinta do Paúl do Boquilobo, que chegou a ser pertencente das Ordens do Templo e de Cristo, tendo sido doada pelo rei D. João I ao seu filho Henrique.
A Reserva Natural do Paul do Boquilobo é o habitat de uma grande variedade de espécies, por isso, é de grande importância para os estudiosos por seu valor ornitológico. O local dispõe de condições privilegiadas para a nidificação de várias espécies de aves aquáticas, particularmente uma significativa colônia de garças da Península Ibérica que chegam a alguns milhares de indivíduos no período de Abril a Junho.
Mas muitas outras espécies lá habitam e a fomentam a importância desta Reserva, tais como anatídeos, galeirões, limícolas, o Zorro-comum, o Coelheiro, a Piadeira, ou peixes como o Ruivaco, a Boga-portuguesa, entre tantas outras.
Os acessos para a Reserva podem ser feitos através do caminho da Quinta do Paul ou pela Estrada da Golegã em direção à Azinhaga (cerca de 2 km). O passeio pela Reserva tem a extensão de cerca de 4 km, e pode demorar cerca de três horas. Trajeto este, que é feito essencialmente a pé, ao longo da orla ocidental do Paul.
Se você pensa em conhecer esse paraíso natural, o período mais agradável para visitar é entre os meses de março e julho, quando a Reserva fica coberta do verde que a caracteriza.
Até a próxima.
Fontes:
pauldoboquilobo.pt
memoriaportuguesa.pt